quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Vê!

Cuidado, homem-sonho-alegria-céu, para não matares praticamente o sonho, cavares tristemente tua cova e tapares o ouvido para o alto, tua vida... Fecha os olhos e vê!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Palavras também brincam

Disto gosto: brincar com palavras.
Pega-pega e esconde-esconde até que soem bem.
Se para de soar, uma palavra fica sem lugar.
Na ciranda de letrinhas reunidas, a palavra boba tem uma prenda a pagar.
Telefone sem fio, palavras distorcidas entre um ouvido e outro.
Entre um ouvido e outro, comem-se palavras.
Como palavras. Sopa de letrinhas cheias de sabores.
No caldeirão letrinhas, foneminhas, barulhinhos,
as borbulhas dessa sopa.
Borbulhas sonoras, meros barulhos.
Meros e caros. Caríssimos.
Longos, breves, brevíssimos.
Psiu!
ui!
ai!
Palavras e delícias.
Hummm...

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tá na hora de escrever

Tenho vivido um momento da vida em que, pela graça e soberania de Deus, recuperei o desejo de me expressar. A falta desse desejo decorreu em parte de que, por uma mudança substancial e repentina em minhas opiniões e pensamentos, senti-me um pouco deslocado em relação a todos ao meu redor. Agora, com um pouco mais de maturidade em relação ao que penso, sinto que preciso me expressar e quero fazê-lo também textualmente.

Dou graças a Deus pela pessoa que sou, forjado pela educação que tive desde o berço, pelas ricas experiências de vida desde tenra idade até as mais recentes e por sempre ter me preocupado em refletir sobre todas essas experiências. Contribuiram ainda para o que sou os amigos e amigas que passaram por minha vida e pessoas que às vezes só vi uma vez ou outra, porém a quem sempre ouvi e, mais do que isso, escutei.

As pessoas (amigos próximos e distantes) que não me veem há algum tempo têm me perguntado como estou. E é certo que tenho sido um pouco superficial com a maioria, porém, repito, acredito que já é hora de me expressar de um modo um pouco mais substancial. E o farei mediante alguns textos em que procurarei tornar mais claro o que penso e sinto a respeito da vida e da fé.

Esta é só uma introdução. Abraços graciosos a todos!

sábado, 18 de junho de 2011

nem sempre

nem sempre escrevo...
nem sempre falo...
nem sempre me calo...
nem sempre.

nem sempre vivo...
nem s...

sexta-feira, 17 de junho de 2011

palavras soltas

Já não as obrigado a nada!
Maldita mania minha de ferir a quem amo!
Obrigá-las, mutilá-las,
É perdê-las, não mais tê-las!
Esqueço ou finjo esquecer
que ninguém as pode domar.
E se eu mesmo sou melhor sem rédeas,
por que pensar que com vocês seria diferente?
Surja o encanto que só palavras soltas podem oferecer!

Ah!     P
               a
                      l
                             a     v      r     a      s
                                                                  s
                                                                    o
                                                                    l
                                                                     t
                                                                    a
                                                                     s
                                                                     .
                                                                    .
                                                                     .

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Me revelar

Acho que esse é um grande desejo humano: revelar-se.
Quem não quer ser simplesmente genuíno? E mais: conhecido pelo que é em essência?
Todos nós queremos. [Tá! Tudo bem! Muitos de nós queremos!]
Porém, um medo parece esconder-se sorrateiro atrás das tentativas de se revelar: o de não ser aceito.
Daí me pergunto: eu realmente quero me revelar sabendo dos riscos que isso implica?
Isso não importa porque tudo me revela, até o que eu não digo! até o que eu não faço! Que o diga Zélia Duncan!

domingo, 27 de março de 2011

O namoro do macaco com a girafa

O macaco se enamorou da girafa.
Incandescente, subiu em seu longo pescoço,
deu-lhe um beijinho e foi-se embora.
Insistente, subiu novamente em seu longo pescoço,
deu-lhe outro beijinho e foi-se embora.
Resistente, subiu outra vez em seu longo pescoço,
deu-lhe mais um beijnho e foi-se embora.
Desistente, foi-se embora.