terça-feira, 31 de julho de 2012

Novamente refém

Que sina!
ser refém do coração!
Logo eu?
E por que não?

Quem te viu quem te vê
perdeu a razão
foi tragado pela ciranda da inconstância,
da emoção.

Grita, chora, sofre,
Ri, pula, corre.
Mas nada resolve.
nada resolve!

Sou refém!
E por que não?

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Desabrocha, flor!

Desabrocha, linda flor!
Esperança tenho em ti!
Trato-te com carinho!
Que faço pra desabrochares?
Desabrocha, flor!
 e trago-te um passarinho!

terça-feira, 10 de julho de 2012

De vez em quando recém nascido

Comparsas, o coração de ânsias
que transborda de vontades,
o peito que arfa e a boca que saliva salgada,
dão voz de assalto aos olhos
que se rendem ao pranto
que é delator
de que tudo
não é o bastante.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Mais cinco minutinhos


Voar, cair de um prédio, reencontrar um velho amigo.
A ofensa machuca. Tapa na cara do marido.
Tapa real por crime apenas em sonho cometido.
O pertimido, dispensável e o proibido, permitido.
Vestígios nos lençois denunciam o ocorrido.
Demi Moore e Sharon Stone num encontro pervertido.
Tudo isso após ouvir do relógio o alarido
e por mais cinco minutos de soneca consentidos
não saber mais distinguir se foi sonho ou foi vivido.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Descendo da pilha

Penso tanto que dói,
tanto que dá preguiça,
tanto que até prefiro
tanto nem explicar,
tanto que é mesmo difícil de entender.

Sentado sobre uma pilha de ideias
quero reinar lá de cima
mas meu reino não tem seres
Preciso de seres! Preciso de seres!
Preciso descer!


Desço e tento não explicar nada
tento não entender nada
tento só sentir os seres
sentir os sabores, sentir os saberes
Sem os seres eu sou só.

Não quero voltar lá pra pilha
Quero viver aqui embaixo
Aqui tenho uma família
Aqui sim eu me encaixo
Melhor ser um ser aqui,
que ser rei e não ser nada...