quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Terno beijo entre Céu e Terra


O circo está lotado, e a platéia, agora em silêncio...
Todos os espectadores atentos às mãos do mágico!
Ele leva as mãos à cartola e, com sua varinha, toca-a algumas vezes!
De lá, o que sairá desta vez? Mas será mesmo possível?
Ouve-se um “Ooohh” e eis que surge outro coelho!

Enquanto isso, na Caverna do Dragão,
com expectativa semelhante à do público que espera o próximo truque do mágico,
os garotos, errantes num mundo desconhecido e sombrio,
ouvem o repentino vaticínio do Mestre dos Magos e se pergunta:
“de onde ele tira essas coisas?”

Tal como o mágico prepara seu próximo segredo,
E o Mestre dos Magos surpreende os jovens com outro apocalipse,
Assim Cristo maravilha(va) e seduz(ia) a todos ao seu redor.

Em sua mente, grande era a dor da cruz que o esperava...
Maior, porém, a alegria proposta!
Por isso veio! E veio leve!
E, leve, trouxe os céus à terra!
Desapegou-se do ser igual a Deus,
Por isso, apegou-se ainda mais ao Pai.
Com paixão... apegou-se ao Pai!
Era um com o Pai. Mas era homem.
Por ser um com o Pai,
Trouxe o céu pra reinar entre nós.
Por ser um com o Pai,
Havia sempre um coelho de sobra em sua cartola.

Diante de nossas aflições, confusões,
perguntas, dores e pecados...
ficamos maravilhados com seu ensino.
Como quem confunde e explica,
Surpreendeu a samaritana com o céu!
A Nicodemos também trouxe novidade,
E ao despedir todo o povo que ouvia no Monte o seu Sermão,
Deixou-os todos maravilhados.

Invadindo nosso dia-a-dia com seu Reino celestial,
Arrebatou os nossos corações aos mais altos céus,
Levou ao céu a poeira da nossa humanidade,
Leve, levou a terra aos céus.
Céus e terra, enfim...
fizeram as pazes!