Meu pão é sagrado.
É sagrado meu chão.
Meu teto também.
Meu céu, minha mãe,
meu pai, meu irmão,
minha conta de água e de luz também são.
Meu corpo é sagrado.
É sagrado meu peito.
Meu pleito também.
Meu desejo, meu medo,
meu canto, meu pranto,
a camisa do mengo e meu bem também são.
Meu trabalho é sagrado.
É sagrado meu cansaço.
Meu descanso também.
Meu sono, meu sonho,
minha noite, meu dia,
o sol, a lua e esse planeta azul também são.
Dividir é sagrado.
É sagrado somar.
Meus amigos também.
Os segredos, os jogos,
um elogio, um vinho,
a cerveja, o limão e o tira-gosto também são.
Em nome da vida e de tudo aquilo que é mais sagrado,
normal, rotineiro e cotidiano.
Amém.
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